Transtorno Dismórfico Corporal e Photoshop

O Transtorno Dismórfico Corporal (TDC), também conhecido como dismorfofobia, é um transtorno somatóforme que consiste em uma preocupação importante e fora do normal por algum defeito percebido nas características físicas (imagem corporal), seja ele real ou imaginado. Se o dito efeito existe, a preocupação e ansiedade experimentadas por estas pessoas são realmente excessivas, já que o percebem de um modo exagerado.

A pessoa com TDC pode queixar-se de um ou mais defeitos, de algumas características simples ou de seu aspecto em geral, causando mal estar psicológico que deterioriza significativamente a pessoa em sua vida diária. Portanto, provoca uma deteriorização na qualidade de sua vida diária e costuma haver uma comorbidade com o transtorno depressivo maior, o transtorno obsessivo compulsivo e a fobia ou ansiedade social. Não se deve confundir o TDC com a anorexia, a bulimia… ainda que poderíamos dizer que de certa forma, a sintomatologia do TDC está incluída nos transtornos da conduta alimentária.

Estima-se que entre 1 – 2% da população mundial, padecem do transtorno dismórfico corporal. Quais são suas causas? A maioria dos investigadores creem que poderia ser uma combinação de fatores biológicos, psicológicos e ambientais. São muitos os fatores que contribuem para o início do transtorno. Contudo, na sociedade atual, os meios de comunicação nos vendem um ideal de beleza perfeito e sem nenhum defeito. Este é um dos principais fatores que pode contribuir enormente para o início do TDC.

Os esteriótipos de beleza que nos mostram os meios de comunicação e a publicidade com a finalidade de vender produtos se distanciam amplamente da realidade e do conceito de saúde e bem estar. Sua grande arma… o Photoshop. É utilizado para diminuir centímetros, apagar rugas, celulites, estrías, definir rostos… criando figuras impossíveis para quem pretenda copiá-las, pondo em risco sua saúde física e mental. A realidade é bem diferente, só 8 das mais de 3.000 milhões de mulheres são catalogadas como supermodelos.

No seguinte vídeo se observa o processo do retoque fotográfico enquanto essa cantora francesa nos deleita com uma canção.

Muitos casos de TDC costumam ser crônicos e o sintomas tendem a persistir ou a piorar com o tempo se não são tratados, ainda que muitos recorram à psicoterapia. A pesquisa tem mostrado que a terapia cognitivo condutual tem um resultado eficaz no tratamento do transtorno dismórfico corporal. Contudo, são muitos os que nunca buscam ajuda psicológica, mas sim, em vez disso, um cirurgião os quais lucram em cima de pessoas com este transtorno, chegando até a casos mais extremos como o do falecido Michael Jackson.

Alguns cirurgiãos com bom senso, rejeitam operarem certas pessoas por observarem que o defeito do qual a pessoa deseja se livrar é imaginário, e portanto, irreal. Mas se não encontram a solução em um cirurgião e permanecem sem tratar o problema, podem chegar até ao famoso caso extremo de um homem com TDC, o qual destruiu o próprio nariz com um martelo para que finalmente o cirurgião o operasse.

Como sempre a melhor solução para estes problemas é a prevenção. Os meios de comunicação deveriam ser mais conscientes dos problemas que podem causar a milhões de pessoas e não tão somente no benefício que podem obter delas.

Texto orginal em: http://descubrelapsicologia.com/trastorno-dismorfico-corporal-y-photoshop/

A Dependência Emocional

A dependência emocional é um estado psicológico que se manifesta nas relações sociais. Estas relações se caracterizam por serem instáveis, destrutivas e marcadas por um forte desequilíbrio, onde o dependente se submete e idealiza ao outro. Neste artigo nos centraremos na dependência emocional em relação ao parceiro.

Para a pessoa dependente, esta situação afeta de forma negativa a sua autoestima e a sua saúde física e/ou mental. Mas apesar do mal estar e do sofrimento que a relação lhes causa, se sentem incapazes de terminar a relação.

Quais são as características de uma pessoa dependente?

  1. Baixa autoestima
  2. Medo da solidão
  3. Estado de ânimo disfórico (pensamentos e sentimentos negativos)
  4. Preferir seu parceiro aos demais
  5. Eleição frequente de parceiros egoístas, presunçosos e hostis
  6. Necessidade de acesso contínuo ao parceiro
  7. Autoanulação (renunciar a ser ele mesmo, com a finalidade de agradar)
  8. Desejos de exclusividade
  9. Necessidade de agradar (preocupação com as críticas e a rejeição)
  10. Déficit de habilidades sociais (baixa assertividade)
  11. Ocupar um papel inferior no relacionamento amoroso

A dependência emocional se converte em um problema quando a pessoa pretende preencher o vazio da sua vida com o seu parceiro ou com parceiros repetidos, quando deixa de ter objetivos e se concentra única e exclusivamente na relação.

A dependência emocional recebe uma larga lista de denominações na literatura científica e de autoajuda(apego afetivo, adicção ao amor, dependência sentimental, transtorno de personaliade dependente…). Porém, muito além nomenclatura, o que interessa é como eliminar ou diminuir a dependência emocional. Se o que se deseja é evitá-la e não chegar ao extremo descrito anteriormente,Antoni Martínez nos proporciona três chaves em seu blog “Psicología en Positivo”

Vamos pois às chaves ou conselhos para superar a dependência emocional:

  • Reconhece o problema para melhorar a tua qualidade de vida
  • Faz uma lista das coisas que te prejudicavam ou tem feito por teu parceiro (terás noção realmente do sofrimento a que estavas exposto)
  • Reforça tua autoestima
  • Aprende a estar só
  • Potencía tua autonomia
  • Não deixe de lado as tuas amizades
  • Tome tuas próprias decisões

Como poderão comprovar, muitas destas dicas são necessárias para superar a dependência emocional. É fácil escrevê-las e lê-las, mas não cumpri-las. Por isso os psicólogos dispõem das ferramentas adequadas para solucionar essa classe de problemas de maneira efetiva.

Mª Pilar Ferre Ribera

Traducción: Maria Eliane

Texto original em:http://descubrelapsicologia.com/la-dependencia-emocional/